sábado, 18 de dezembro de 2010

Então é Natal...


Hoje em uma das deliciosas confraternizações de fim de ano, fui surpreendida com uma afirmação óbvia" falta uma semana para o Natal". Ano passado, depois de 3 natais estava em casa novamente. O aconchego do lar, o cheirinho do peru da minha mãe, a torta de abacaxi da minha tia, primos reunidos e o cheirinho de maresia do meu bairro querido.

Natal tem um significado especial, não a celebração do capitalismo materializado em troca de presentes. É uma época mágica, as pessoas tornam-se mais solidárias, sorridentes, cheias de esperança, em geral devotam um pouco mais de tempo a família e aos seus entes queridos. Para mim, é mesmo um momento de repensar o que está bom e aprimorar, o que está ruim e tentar mudar, e sim, a família.

Me considero muito abençoada por fazer parte de uma grande família. Uma família comum, cheia de problemas, mas também de perfeição . Com brigas e reconciliações, com sorrisos e lágrimas, mas sempre com muita união. Somos muito festeiros e sorridentes no bom e extremamente unidos no ruim. Nunca fomos ricos, mas o que temos dividimos, sim, nós metemos na vida uns dos outros, mas respeitamos o individual.

Escutei de um amigo visitante em Lisboa que entre o entendimento entre Pais e filhos, são uma diferença de em média 30 anos. Interessante, realmente comecei a entender uma série de atitudes e "nãos" dos meus pais a uns aninhos atrás. Já me senti diferente, abandonada, esquecida, desiludida, triste, raivosa, mas sempre que precisei ou me senti assim, ouvia as palavras sábias de uma neguinha sorridente, de pouca escolaridade, mas muita sabedoria espiritual e de vida, minha mãe. Ou simplesmente , um buchudinho piadista dizia " somos um time", meu pai, e a tempestade aos poucos virava bonança. É confortante saber que temos pessoas ao nosso lado para tudo.

Esse é ao menos o esperado, que infelizmente nem todos têm, o apoio familiar. No entanto, o que nem sempre podemos contar é com o externo, as pessoas que a vida nos coloca no caminho. Mas, estas experiências que me fazem acreditar que o mundo e as pessoas não estão de todo perdidas pelo materialismo, pela ambição de que tanto se fala. Este ano não vou passar o natal no conforto da minha família sanguínea. Mas, seremos acolhidos por uma família que fizemos com um dos laços mais bonitos da vida, a amizade. Nossa querida amiga Sofia e sua família nos convidou para participar deste momento tão íntimo e familiar. Para mim um convite repleto de significado. A mãe da Sofi, nos colocou como uma "obrigação"...Sim, se não têm família aqui, tem que vir! Um gesto aparentemente tão simples, mas tão especial. Ela não deve imaginar o bem que nos faz, sentir o calor e a sensação de estar em família.Obrigada!

5 comentários:

  1. Lindo texto pequena... é impressionante como ficamos mais sensíveis nesta época do ano, principalmente tão longe de casa. Mas nos conforta saber que a nossa casa está dentro de nossos corações e que podemos leva-la para onde quisermos. Sinto o meu coração confortável por estar ao seu lado neste Natal, de pessoas especial perto e de pessoais especiais longe, mas tão perto quanto imaginam!
    Beijos

    ResponderEliminar
  2. Vocês são uns fofos! Será um prazer passar o Natal com vossas excelências para já não dizer que terei um de SouZa escrito com Z, ó tão chique!

    ResponderEliminar
  3. Posso ir também? Juro que fico quietinho e não faço piadinhas com o peru... :)

    ResponderEliminar
  4. Vêeeeeeeeem Gu!!! ôooo saudade "matadeira"

    ResponderEliminar